O que é um whitepaper de criptomoedas?

Escrito por suporte em 29 de abril de 2024

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O que é um whitepaper de criptomoedas?

O whitepaper do Bitcoin (BTC) é um documento de apenas 9 páginas e que deu início a uma das maiores revoluções monetárias da história. Mas afinal, o que é um whitepaper de uma criptomoeda e qual sua importância? 

Confira abaixo alguns fatores relevantes para analisar o whitepaper de um projeto, as principais informações encontradas, bem como detalhes e curiosidades sobre os whitepapers do Bitcoin e Ethereum, as duas maiores redes blockchain e criptomoedas do mercado.

O que é um whitepaper?

Um whitepaper é um documento técnico e informativo que descreve um determinado assunto. Os whitepapers também são utilizados no linguajar acadêmico, bem como por empresas e instituições ligadas à área de tecnologia.

O termo whitepaper se tornou tão popular no ecossistema das criptomoedas, pois a apresentação da ideia central do Bitcoin foi introduzida por um documento do tipo, que foi um dos artigos acadêmicos mais densos já publicados.

Quais informações você encontra em um whitepaper de uma criptomoeda?

Dado a importância do whitepaper do Bitcoin, tornou-se comum que projetos de criptomoedas lançarem documentos semelhantes que descrevem o seu funcionamento. Por isso, se você deseja comprar e vender moedas digitais, seja por meio próprio, ou utilizando-se dos serviços de uma corretora de criptomoedas, é importante que você saiba o que observar nesses documentos. 

Confira abaixo algumas informações que normalmente são encontradas em whitepapers de criptomoedas.

Título

O título é um aspecto importante do whitepaper e deve resumir, de forma concisa, a intenção original do projeto. O whitepaper do Bitcoin, por exemplo, possui o título:

“Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Ponto-a-Ponto”.

De fato, este título detalha de forma precisa o que é o Bitcoin, um sistema para se enviar dinheiro de pessoa para pessoa, sem a necessidade de intermediários centralizados, como banco central ou governo.

Resumo

Um whitepaper de criptomoedas é normalmente iniciado com um resumo sobre a ideia central do projeto. O whitepaper do Bitcoin, por exemplo, descreve que “uma versão puramente Peer-to-Peer (P2P) de dinheiro eletrônico permitiria que pagamentos on-line fossem enviados diretamente de uma parte para outra, sem passar por uma instituição financeira.

A partir daí, Satoshi Nakamoto, pseudônimo de quem criou o Bitcoin e assina o documento inaugural, menciona de forma resumida como esta tecnologia seria possível, por exemplo, através de um mecanismo de Prova de Trabalho (PoW), que é hoje a base da mineração de Bitcoin.

Introdução ao problema e proposta de solução

O whitepaper do Bitcoin é iniciado através da apresentação do problema. Satoshi descreve que o sistema tradicional não é capaz de lidar com transações irreversíveis, e que a mediação de instituições centralizadas tende a aumentar os custos de transação:

“O custo da mediação aumenta os custos de transação, o que limita o tamanho mínimo prático da transação e elimina a possibilidade de pequenas transações ocasionais, e há um custo mais amplo na perda da capacidade de fazer pagamentos não reversíveis para serviços não reversíveis.

Com a possibilidade de reversão, a necessidade de confiança se espalha. Comerciantes devem ser cautelosos com os seus clientes, incomodando-os para obter mais informações […].”

Em seguida, Satoshi menciona que a solução para este problema pode ser resolvido com a criação de um “sistema de pagamento eletrônico baseado em prova criptográfica em

vez de confiança, permitindo a quaisquer duas partes dispostas a transacionar diretamente uma com a outra sem a necessidade de um terceiro confiável.”

Informações técnicas

Outro ponto de destaque é que os whitepapers de criptomoedas devem conter informações técnicas sobre a potencial resolução para o problema. 

Satoshi, por exemplo, seguiu no documento descrevendo como funcionariam alguns aspectos fundamentais da rede, como o funcionamento das transações, o Servidor de Timestamp distribuído, o sistema de Prova de Trabalho, o funcionamento dos nós, os incentivos do protocolo e outras tecnologias presentes.

Conclusão

A conclusão de um whitepaper é um tipo de resumo final que descreve o funcionamento da proposta, que foi anteriormente explicada nos tópicos anteriores. 

Referências

Um whitepaper de criptomoedas costuma ser finalizado com a inserção das referências acadêmicas, livros e papers que foram inspirados ou utilizados de forma direta na idealização do projeto. 

O whitepaper do Bitcoin, por sua vez, conta com apenas 8 citações, que incluem trabalhos de nomes importantes para a história do dinheiro digital, como Wei Dai e Adam Back. 

Tokenomics

Outro ponto de destaque é que whitepapers de criptomoedas costumam contar com o ‘tokenomics’ do projeto, termo que está ligado à emissão e acumulação de das moedas que entrarão em circulação e que farão parte do ecossistema.

Este é um detalhe importante, visto que um tokenomics mal desenhado pode desalinhar os incentivos e provocar uma ação negativa no preço.

Whitepaper de criptomoedas: por que é importante?

Os whitepapers de criptomoedas são documentos que contam com diversos aspectos importantes para o desenvolvimento de um projeto, como questões técnicas que resolvem determinados problemas.

Além disso, whitepapers de criptoativos podem contar também com um roteiro de desenvolvimento e até mesmo questões como o impulsionamento do marketing do projeto. Normalmente, whitepapers com estas características possuem traços de centralização. 

Esse tipo de documento é usado por investidores que querem fazer a análise fundamentalista do projeto, já que ali é possível entender a proposta de valor e, com isso, seu potencial de valorização de longo prazo.

Exemplos de WHitepaper de criptomoedas

Confira abaixo detalhes e informações sobre dois dos mais importantes whitepapers do mercado de criptomoedas.

Whitepaper do Bitcoin

O whitepaper do Bitcoin, conforme destacado ao longo deste artigo, foi um documento de apenas 9 páginas, e que deu origem à tecnologia blockchain. O documento foi disponibilizado ao público em 31 de outubro de 2009 (dia de Halloween), em uma lista de discussão de criptografia, que contava com nomes importantes do para a área.

Na ocasião, uma das poucas pessoas a demonstrar interesse e reconhecer o potencial do projeto foi o desenvolvedor Hal Finney, que foi provavelmente a segunda pessoa a executar um nó de Bitcoin (um computador que minera a moeda e tem a cópia da sua blockchain), e a receber uma transação na rede, que foi enviada pelo próprio Satoshi.

O whitepaper foi então publicado no site Bitcoin.org, onde permanece até hoje. A publicação do white paper se tornou um marco e é reconhecida como uma das grandes datas ligadas à história do Bitcoin.

Whitepaper da Ethereum

O whitepaper do Ethereum, a segunda maior blockchain em valor de mercado, foi escrito e publicado por Vitalik Buterin em 2014. O documento é iniciado com uma introdução à história do Bitcoin.

“O desenvolvimento do Bitcoin por Satoshi Nakamoto em 2009 tem sido frequentemente aclamado como um desenvolvimento radical em dinheiro e moeda, sendo o primeiro exemplo de um ativo digital que simultaneamente não tem respaldo ou “valor intrínseco” e sem órgão centralizado ou controlador.”

Após discutir os principais aspecto de funcionamento do Bitcoin, Vitalik introduz a proposta de valor do Ethereum, cujo objetivo é ser um “protocolo alternativo para a construção de aplicações descentralizadas, fornecendo um conjunto de diferentes tradeoffs, que acreditamos que serão muito úteis para uma grande variedade de aplicações descentralizadas.“

O whitepaper do Ethereum segue uma estrutura semelhante à do Bitcoin, porém é consideravelmente mais extenso e aprofundado.

O que avaliar na leitura de um whitepaper de criptomoedas?

Alguns aspectos importantes podem ser analisados ao avaliar um whitepaper de uma criptomoeda, como:

  • Problema proposto: toda tecnologia pretende resolver ou simplificar um problema. Ao analisar o whitepaper de uma criptomoeda, é importante identificar qual problema aquele projeto está resolvendo. Isto é fundamental para estimar qual é a demanda potencial por aquele criptoativo.
  • A natureza do criptoativo: existem no mercado diversos tipos de criptoativos, que possuem diferentes classificações. Existem criptomoedas descentralizadas, criptoativos de redes blockchain focadas em utilidade, tokens de governança, stablecoins e outros. Neste sentido, é importante identificar a classificação correta do criptoativo para realizar uma análise correta.
  • A resolução do problema: É importante entender como aquele problema é resolvido. No entanto, muitas soluções no mercado blockchain podem demandar conhecimento técnico avançado para entender como o problema será resolvido. De fato, um documento como o whitepaper do Bitcoin não pode ser compreendido pela maioria das pessoas, visto que conta com conceitos de criptografia avançada, teoria dos jogos e cálculo.
  • Tokenomics e governança: entender a emissão do criptoativo, bem como ocorrerá a distribuição das moedas ao longo do tempo é algo fundamental, visto que a oferta é um fator crucial na precificação do mercado. O Bitcoin, por exemplo, tem uma disponibilidade máxima de 21 milhões de unidades e sua emissão é controlada, sendo reduzida pela metade a cada halving.

Os whitepapers de criptomoedas são documentos acadêmicos, científicos, técnicos ou de marketing que são publicados para elucidar o funcionamento e a necessidade de existência de um determinado projeto. Estes documentos são fundamentais para lançar um olhar sobre uma determinada criptomoeda. 

No entanto, para compreender a fundo o funcionamento de uma criptomoeda, pode ser necessário possuir ou consultar pessoas que tenham conhecimento avançado em programação e outras áreas para ler todo o código e documentação do projeto.

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